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História

Santa Tereza de Goiás está localizada na micro-região do Alto Tocantins, ou Extremo Norte do estado de Goiás. Os limites do município são: ao norte com Porangatu e Trombas; ao Sul com Estrela do Norte; ao Leste com Formoso e ao Oeste com Mutunópolis.

Segundo Maria Esperança F. Carneiro:

“A região pertenceu ao antigo município de Uruaçu, cujo povoamento deu-se a partir da segunda metade do século XVIII em função da mineração. Os seus principais arraiais foram o de Amaro Leite e o Descoberto, atualmente Porangatu”.

No final do século XVIII houve então na região a decadência da mineração, com isso esta passou à agricultura de subsistência e à pecuária extrativa e extensiva.

Segundo Maria Esperança:

“No século XIX os vilarejos dessa região eram inexpressivos uma vez que as poucas fazendas de gado eram praticamente auto-suficientes, pois constituíram numa economia de subsistência”.

Contudo, a partir de 1954 a região era conhecida como Fazenda Rio do Ouro, pois com a emancipação do Arraial do Descoberto (1948), a região que é hoje Santa Tereza de Goiás foi incorporada a ela, e no local passou a existir ranchos que tiveram como nomes “Entroncamento de Formoso”.

A população vivia intensamente na área rural, eram as famílias que viviam da agricultura de subsistência, cultivando seus produtos e criando gado. A dificuldade era muita, pois o comércio na região era fraco e estes tinham que ir até Corumbá para comercializarem seus produtos. Segundo relatos de moradores, o único meio de transporte disponível era o cavalo, e o percurso era muito demorado, sendo gastos então, dias de viagem.

Nesse período a vida não era fácil, a iluminação das casas quando não tinha o querosene era feito com sebo de gado. As camas eram feitas de forquilha e os colchões de capim. As casas eram de adobe, pau-a-pique, umas cobertas com palha de sapê, outras com casca de pau ou piaçaba. O arroz era colhido cacho-a-cacho e limpo em pilões e a água de beber era depositada em potes de barro, feitos pela própria família. A educação era familiar, quem sabia ler ensinava o outro.

Segundo Maria Esperança:

O processo de ocupação do município iniciou-se em 1948 com a ocupação das terras devolutas da região, num fluxo migratório muito intenso, tal que em certas épocas chegou a atingir em média seis famílias por dia. Desmatavam, destocavam e preparavam a terra tanto para as pastagens, faziam picadas e estradas.

Em 1941 com a Colônia Agrícola Nacional de Ceres, homens usados para os serviços braçais começaram a construir a estrada, que teve como primeiro nome “Federal”.

Segundo Maria Esperança:

“Essas terras por localizarem-se próximas à rodovia transbrasiliana, sofreram intensas valorizações passando a ser projetos de aquisição dos fazendeiros locais”.

Depois de transbrasiliana a rodovia passou a se chamar Bernardo Sayão, e transferiu para BR-153 e Belém-Brasília.

Com o advento da rodovia Belém-Brasília foram surgindo vários municípios, então no lugar denominado “Entroncamento de Formoso” teve início o povoamento da atual cidade, a rodovia construída por Bernardo Sayão passou pelas propriedades do Sr. Belarmino Cruvinel, um famoso político em Goiânia, que sempre visitava suas terras que aqui ficavam. Com a estrada foram construindo ranchos ao longo da pista, a primeira casa foi a de D. Júlia Rodrigues de Moura, proprietária de uma pensão. Como as terras aqui eram muito férteis, foi notáveis o desenvolvimento da região, iniciado com as primeiras casas comerciais, e uma pequena quantidade de casas na imensidão da mata fechada. Belarmino Cruvinel foi um notável pioneiro, pois segundo histórias de cidadãos, ele foi um homem que procurou trazer melhorias para nossa cidade.

A comunidade foi se organizando e nasceu assim à vontade de elevação do povoado, o Distrito. No dia 10 de setembro de 1958 pela força de Lei municipal n° 68 da Câmara Municipal de Porangatu, elevando o então Entroncamento de Formoso à categoria de Distrito com a denominação de Santa Tereza.

Nessa época já havia no povoado algumas movimentações que daria o ponto de partida para o crescimento, tanto que em 1955 foi implantada uma serralheria movida a vapor, que oferecia trabalho às pessoas que passavam por aqui. No mesmo ano, Belarmino Cruvinel montou uma farmácia de pequeno porte para atender às necessidades daquelas pessoas que por aqui se aventuravam à procura de terras e trabalho, o farmacêutico era conhecido por Durães.

Já havia também um pequeno armazém do mesmo proprietário, onde quem era responsável era o Sr. José Amado e com o tempo, o Sr. Belarmino Cruvinel  vendeu-o  para os senhores José da Silva e Nefthali Canêdo.

Belarmino Cruvinel nasceu com espírito de bandeirante. Descendente de tradicional família mineira ficou pouco tempo na região Sul de Goiás porque foi logo atraído pelo grande desafio da região Norte do Estado. Alma de pioneiro, aprofundou-se no setentrião e depois de percorrê-lo quase todo, resolveu plantar raízes.

A área escolhida, com 610 quilômetros quadrados e uma altitude de 375 metros, fica entre Porangatu, Mutunópolis, Estrela do Norte e Formoso. Ali nasceu Santa Tereza de Goiás, que de simples fazenda passou à corrutela, à Vila e rapidamente chegou à cidade, sendo hoje uma das mais importantes do Médio-Norte.

Em 1956, o Dr. Belarmino Cruvinel colocou à venda grandes escalas de lotes de terras de 50 à 100 hectares. Contudo em 1959 o Sr. Geraldo Severino adquiriu 60 hectares de terras para plantar arroz, surgindo assim, a primeira máquina de beneficiar arroz.

A construção da primeira igreja foi realizada em 24 horas com o total apoio do então pioneiro Belarmino Cruvinel. 

Com um total sentimento de amor vinte homens de relevante bravura e temor a Deus realizaram a construção e em apenas um dia construíram o oratório, a primeira capela batizada com o nome de Nossa Senhora Aparecida.


Jornal Tribuna do Norte 1989

Segundo relato do jornal Tribuna do Norte de outubro de 1989:

O então governador do Estado de Goiás o Exmo. Mauro Borges promulga a Lei n° 4896 que transformou o distrito na categoria de cidade. Pois a fertilidade da terra, o desenvolvimento da agricultura e de uma pecuária em crescimento, veio trazer mais famílias para o lugarejo. Em 10 de setembro de 1950 pela Lei nº 68 da Câmara Municipal de Porangatu, dava-se o primeiro passo no sentido de emancipar o então município se deu em homenagem a Padroeira da cidade chamada Santa Tereza.

A instalação solene aconteceu a 1º de janeiro de 1964. Neste mesmo ano, Mauro Borges, governador do estado nomeou o Sr. Geraldo Severino Neto como prefeito Municipal. Tempos depois Santa Tereza de Goiás contava com um novo prefeito, o interventor Sr. Domingos Veloso. Somente em 1966, através do voto direto foi eleito o primeiro prefeito o Sr. Luiz Alves de Souza, que se suicidou depois de mais ou menos dois anos de governo. Nesse meio tempo, assumiu o cargo o Sr. Sebastião Severino Sobrinho que era vice-prefeito na época, que intensificou o desenvolvimento da então cidade. Por ser situada às margens da Belém-Brasília, despertava em todos os sonhos de se tornar um lugar desenvolvido e agradável, pois o caminho para o crescimento estava apenas começando e era preciso um trabalho árduo e corajoso. Contudo, com as novas eleições foi eleito o prefeito Sebastião Ferreira Côrtes, que entrou com determinação para ampliar e trazer benefícios para a cidade.

Santa Tereza, às margens da Belém-Brasília, desperta para a sua verdadeira integração ao processo de desenvolvimento do médio-norte-goiano, constituindo-se numa das grandes promessas daquela vasta, rica e produtiva região.

Aliando-se ao desejo de progresso do povo, o poder público municipal, sob administração do Sr. Sebastião Ferreira Côrtes, inicia a planificação das obras a serem construídas nos próximos três anos, as quais, são concretizadas como deseja o novo prefeito, dará ao município as condições necessárias à sua afirmação política, social e econômica.

Dizendo-se perfeitamente integrado à vida da comunidade e conhecendo de perto os problemas que entravam, o seu progresso e desejando promover a restauração do município, o prefeito Sebastião Ferreira Côrtes declarou ao “Correio Brasiliense” que para transformar em realidade as aspirações do nosso povo, será imprescindível o apoio do governador Otávio Lage; e esperamos poder contar com esse apoio principalmente nos setores de transporte, educação, saúde, abastecimento energético, etc.

Ao assumirmos a Prefeitura Municipal de Santa Tereza, – disse o prefeito Sebastião Ferreira Côrtes, fizemos um estudo das condições econômicas e financeiras da municipalidade, estabelecendo então, um plano de obras a serem executadas com recursos próprios; estamos agora mantendo contato na área estadual, no sentido de que o Estado, através do DERGO, CELG, SEC e outros órgãos promovam a construção de obras consideradas de grande importância para a nossa afirmação; iremos também aos órgãos do Governo Federal, principalmente ao Ministério da Educação e Cultura, a fim de firmar convênio com o Plano Nacional de Educação para construção de unidades escolares na zona rural do município.

Na cidade, pretende o Sr. Sebastião Ferreira Côrtes, prefeito de Santa Tereza, promover a instalação do grupo gerador, bem como a construção da rede de distribuição de energia elétrica, contando já com promessa do governador Otávio Lage e do Sr. Joaquim Guedes de Amorim Coelho, da CELG, construção de meios-fios, arborização e recuperação de todas as ruas da cidade; construção de um prédio para a agência do correio devendo assinar convênio com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos; construção do matadouro municipal do prédio da prefeitura, Câmara Municipal e Poder Judiciário. E outras que se fazem necessárias nos próximos anos.

No setor educacional, destaca-se a instalação do grupo escolar construído pela SUPLAN, iniciado na gestão do Sr. Leonino de Ramos Caiado e concluído no período do Sr. Álvaro Razuck. O Referido grupo conta com cinco salas de aula, diretoria, secretaria, biblioteca, cantina e sanitários.

O prefeito Sebastião Ferreira Côrtes pretendeu pleitear junto à Secretaria da Educação e Cultura e à SUPLAN, a construção de outros grupos escolares no município.

Firmará convênio com o Plano Nacional de Educação do Ministério da Educação e Cultura, para a construção de diversas unidades escolares na zona rural de Santa Tereza.

“Onde houver, pelo menos, quarenta crianças em idade escolar, a Prefeitura se fará presente com uma escola, – disse o Prefeito afirmando; pois consideramos prioritário o setor educacional, razão pela qual tudo faremos para prestigiar o ensino do município”.

A Prefeitura firmará convênio com a Campanha Nacional da Merenda Escolar (CNME) para a distribuição de alimentos aos alunos dos estabelecimentos de ensino do município.

Ainda no setor de educação, – disse o prefeito Sebastião Ferreira Côrtes “será adquirido um ônibus para o transporte dos estudantes de Santa Tereza ao Ginásio Estadual de Formoso”.

O município de Santa Tereza, como a maioria de Goiás, apóia-se na agricultura e pecuária, suas principais fontes de rendas. Daí a nossa pretensão de recuperar todas as estradas já existentes e abrir novas rodovias promovendo o fácil escoamento da produção agropastoril” – informou o prefeito Sebastião F. Côrtes.

Destacando a atuação do Departamento de Estradas de Rodagem (DERGO) na região disse aquele prefeito: Indiscutivelmente o DERGO vem realizando obras de vulto no médio-norte-goiano, promovendo a integração daquela região ao sistema rodoviário estadual e interligando as fontes de produção aos centros de consumo e exportação. Sob a direção do Sr. Salvino Pires, aquele órgão vem correspondendo plenamente às suas finalidades.

O Poder Legislativo, composto de cinco vereadores tem desenvolvido intenso trabalho pela elevação política, administrativa, social e econômica do município, sendo um grande incentivador do progresso e do desenvolvimento de Santa Tereza.

Está assim constituída a Câmara Municipal de Santa Tereza: Presidente – Aron Policeno Rosa; vereadores: Antonio Correa Martins, Lázaro Flôr, José Correio e Mário Correia Peres.

De origem humilde, o Sr. Sebastião Ferreira Côrtes é a afirmação de que querer é poder. E sua história pode ser sintetizada nas palavras que se seguem.

Natural de Amaro Leite (hoje Mara Rosa), onde nasceu no dia 16 de abril de 1934, Sebastião Ferreira Côrtes, jovem ainda, teve de enfrentar o árduo trabalho da lavoura e pecuária, auxiliando sua mãe, D. Antônia Ferreira Côrtes, no sustento do lar.

Aos 17 anos de idade transferiu-se para a fazenda Serra de campo, município de Porangatu.

Com o advento da Belém-Brasília, surgiu o povoado de Santa Tereza; e nessa época, Sebastião transferiu-se para lá, firmando-se na comunidade nascente.

De seu trabalho e espírito público nasceu a sua liderança. Como comerciante de compra e venda de cereais e proprietário de uma máquina beneficiadora de arroz na cidade, Sebastião Ferreira Côrtes conheceu todo o interior do município, fazendo um grande círculo de amizade.

Em 1945 seu nome foi lançado à Prefeitura, perdendo o pleito por pequena margem de votos. No ano de 1966 foi eleito vereador, destacando-se pelo seu entusiasmo e pela sua vibração e idealismo; e chegou à Presidência da Câmara Municipal de Santa Tereza, permanecendo nesse cargo durante dois anos.

Durante quatro anos presidiu o Diretório Municipal da Arena, de Santa Tereza. E em 1969, foi lançado candidato a prefeito, obtendo maioria sobre os três concorrentes ao pleito. Eleito, só pensa no progresso, no desenvolvimento do município e no bem-estar de seu povo.

Em sua entrevista ao “Correio Brasiliense” o prefeito Sebastião Ferreira Côrtes destacou os vários benefícios da Revolução de Março de 1964, salientando:

Nós que conhecemos os problemas do interior; que sentimos a dolorosa manipulação da política por alheios aos interesses de nossa comunidade; que vivemos junto ao povo seus dramas diários – desde a falta de escolas, estradas, assistência à saúde pública, completas faltas de energia elétrica ao simples conforto das palavras dos governos anteriores – estamos certos de que a Revolução de Março de 64 foi feita para salvar, guardar e preservar os direitos do povo. Agora, depois da administração municipalista do presidente Castelo Branco, do governo de integração nacional do presidente Costa e Silva, ressurgem as esperanças dos homens do campo nas palavras do presidente Emilio Garrastazu Médici, cuja índole e princípio o identificam com as massas sofredoras.  Esperamos ver, em pouco tempo, o Brasil Grande e potente que tanto sonhamos: e a Revolução aí está para tornar realidade esse grande sonho do povo brasileiro.


Santa Tereza de Goiás: Sinônimo de Progresso no Médio Norte Goiano

A Belém-Brasília está inaugurada. Não é mais um sonho de há dez anos atrás, visto com ceticismo pela maioria. Se for imprescindível e necessária à existência desta imensa via de escoamento de riquezas, o Brasil a construiu dentro de esquemas e cumprindo compromissos assumidos. Médici a entregou ao tráfego. A maior estrada do país em extensão, já está espalhando riqueza, desbravando e formando novos aglomerados humanos. Enfim, cumprindo sua destinação histórica.

Cidade localizada junto à monumental rodovia, Santa Tereza de Goiás, pelas suas autoridades e moradores, participa da intensa alegria dos brasileiros nesta hora que é chegada para todos nós com a rodovia da integração e redenção nacional.

No primeiro mandato de Manoel Fátima de Melo, Santa Tereza estava em um verdadeiro surto de desenvolvimento. A cidade já contava com várias obras: ruas amplas e bem projetadas, praças, cemitério e campo de futebol. Em 1973, a cidade contava com o seu quinto prefeito, o segundo eleito pela vontade do povo que era o Sr. Manoel Fátima de Melo do MDB, que realizou várias obras, como: a sede da prefeitura, a cadeia pública, a praça da escola municipal, a iluminação pública e mais.

O prefeito, as autoridades locais e visitantes chegam para a inauguração da moderna sede da Prefeitura, obra que revela o esforço do Sr. Manoel Fátima de Melo.

Sra. Maria Magalhães, esposa do deputado Juarez Magalhães é uma das mais influentes líderes da equipe de seu esposo, recebeu significativa homenagem em Santa Tereza.


Autoridade Constituídas do Município no ano de 1973

  • Prefeito Municipal: Manoel Fátima de Melo
  • Vice-Prefeito: Geraldo Severino Neto
  • Presidente da Câmara: Olinto Teixeira Pereira
  • Vice-Presidente: Adelino Soares Martins
  • 1º Secretário: Adilson Martins de Carvalho
  • 2º Secretário: João Gonçalves da Cruz
  • Vereadores: Genésio Ferreira dos Reis, Paulino de Souza Maia e Maria do Socorro Félix de Deus.

Biografia do Prefeito

  • Nome: Manoel Fátima de Melo
  • Idade: 34 anos
  • Naturalidade: Douradoquara – MG
  • Filiação: João Alves de Melo e Alice dos Santos Melo
  • Profissão: Proprietário de uma serralheria
  • Estado Civil: Casado
  • Nome da Esposa: Maria da Conceição Melo
  • Filhos: 5 (cinco)
  • Grau de Cultura: Primário
  • Legenda: MDB

Realizações que foram feitas no 1º ano de governo

  •  Patrolamento e abertura de 30 km de estradas
  •  Construção de 2 (dois) açudes
  •  Aquisição de 1 (uma) camioneta C-10
  •  Elevação do número de escolas rurais de 4 (quatro) para 8 (oito) estabelecimentos
  •  Criação do Ginásio Municipal
  •  Implantação do curso Mobral
  •  Ajuda à merenda escolar
  •  Consultas médicas aos menos favorecidos da sorte
  •  Aviamento de receitas
  •  Internamento
  •  Transporte de doentes
  •  Construiu meios-fios
  •  Concluiu o prédio do Centro Telefônico
  •  Patrocinou parte da construção do Clube
  •  Construiu a Praça Tiradentes
  •  Iniciou a arborização da cidade
  •  Abriu ruas em todo perímetro urbano
  •  Estendeu a rede de energia elétrica
  •  Instalou o serviço de telefones urbanos com 30 (trinta) aparelhos
  •  Instalação de linha telefônica nas ruas da cidade
  •  Conseguiu a instalação do serviço postal na cidade
  •  Construiu o canteiro central na avenida principal.
  • Planos de governo do ano de 1973
  • Construção do prédio da prefeitura
  • Construção do prédio do Fórum
  • Construção do prédio da casa residência do juiz
  • Construção do prédio da cadeia pública
  • Energia elétrica 
  • Serviço de água e esgoto
  • Prosseguimento da rede de iluminação
  • Sarjetas e meios-fios –
  • Conclusão da Praça Tiradentes
  •  Construção de 1 (uma) piscina 
  • Instalação de 1 (um) parque infantil 
  • Construção de mais de 4 (quatro) salas de aula na zona rural
  • Construção de 1 (uma)  ponte 
  • Mais estradas 
  • Quadra de esportes e, se possível, asfaltamento das vias públicas 
  • Construção do prédio do ginásio 
  • Implantação do Goiás-rural 
  • Instalação de 1 (uma) agência bancária.

Surto de desenvolvimento

Santa Tereza de Goiás sempre foi uma comuna desenvolvimentista. O seu crescimento processa-se continuamente, e sempre em elevada escala. Contudo, naquele momento, este surto de progresso alcançou uma escala inusitada, com a administração do prefeito Manoel Fátima de Melo.

Todos os setores da administração foram ativados e, por isso mesmo, grandes modificações puderam ser vistas na infra-estrutura da sede do município interior, beneficiando as populações campesinas.

Produção agropecuária

Santa Tereza de Goiás se destacou pela sua grande produção agropecuária. Em Santa Tereza existe um considerável rebanho bovino, de ótima qualidade, destacando-se as raças Giro, Nelore e Holandesa. O raceamento do gado está sendo processado em larga escala, obedecendo às mais modernas técnicas, com vistas à melhoria genética dos animais, através da inseminação artificial. A agricultura é a mais diversificada possível, e o milho vem tomando vulto entre os produtos do município. Feijão, soja e outros cereais são produzidos em menor escala, embora que em quantidade considerável.

As previsões para a safra daquele ano eram as mais animadoras, esperando-se que a produção alcançasse um nível mais elevado em relação ao ano que se passou.


Lazer

Tendo como princípio de que o homem é o mais importante em sua administração, mesmo porque acredita na máxima “mente sã em corpo são”, o Prefeito Manoel Fátima de Melo não descuidou dos problemas de lazer em sua cidade. Santa Tereza de Goiás tinha uma vida social intensa. O Clube Social Uirapuru é um dos melhores da região. No campo esportivo as agremiações Santa Tereza Esporte Clube e Clube Manchester se destacaram em toda a região.

O prefeito dispensou atenção especial ao desenvolvimento social e comunitário, implantando a sede social do Clube Uirapuru e procedendo ao registro do Clube Santa Tereza e Manchester na Federação Goiana de Desportos. Para aquele ano, o prefeito de Santa Tereza incluiu no seu programa de execução, a construção de vestiários, muro do Campo de Esportes e, ainda, a construção de um Parque Recreativo.

Eletrificação e comunicações

A sede do município de Santa Tereza possuía uma iluminação elétrica fornecida por uma usina de geração através de motores a diesel. No plano de execução de obras do prefeito Manoel Fátima de Melo para 1976, esteve incluída a ampliação da rede de distribuição de energia elétrica e a conservação da já existente. Santa Tereza possuía um bom serviço de comunicações telefônicas urbanas e uma torre repetidora de sinal de televisão com excelente imagem. Através da rodovia Belém-Brasília (BR-153), os habitantes de Santa Tereza alcançam facilmente qualquer região do país.

O que foi feito no ano de 1976

Em 1976 a administração Manoel Fátima de Melo já tinha a seu crédito, frente aos destinos da Prefeitura de Santa Tereza, a construção do prédio da Prefeitura com 13 (treze) salas, sendo elas: o gabinete do prefeito, a contadoria, o posto da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), a sala para o Mobral e Merenda Escolar, a recepção, dependências para a Câmara de Vereadores com o plenário e o gabinete do Presidente, o almoxarifado e as secretarias.

Uma obra de grande importância foi concluída na gestão Manoel Fátima de Melo: a Praça Belarmino Cruvinel que, para os habitantes de Santa Tereza representava mais que uma obra pública, pois foi uma justa homenagem, embora que póstuma, ao fundador da cidade.

Entre as inúmeras obras públicas feitas pelo prefeito, destacaram-se: 2 (duas) pontes sobre os rios São Domingos e Santa Tereza; 3 (três) pontilhões: 3 (três) mata-burros: 50 quilômetros de estradas de rodagem; reforma de outras duas pontes; término da construção do centro telefônico; implantação de 7 metros de meio-fios na Av. Tiradentes e Ruas n° 2, 4, 5 e outras; calçamento do canteiro central da Av. Bernardo Sayão; abertura de todos os loteamentos da cidade; construção da cadeia pública, com 4 celas e demais dependências.


O Poder Legislativo

O poder Legislativo de Santa Tereza de Goiás trabalhou em harmonia com o Poder Executivo. Politicamente a cidade é muito calma. Com os seus dirigentes os esforços são conjuntos no sentido do seu pleno desenvolvimento. ARENA e MDB tinham as suas rivalidades partidárias, mas não divergiam nos assuntos de interesse da comunidade.

Assim era constituía a Câmara de Vereadores de Santa Tereza:

  • João Gonçalves da Cruz – presidente;
  • Adelino Soares Martins – vice-presidente;
  • Maria do Socorro Félix de Deus -1ª secretária;
  • Adilson Martins de Carvalho – 2º secretário;
  • vereadores: Olinto Teixeira Pereira e Genésio Ferreira.

A Era Rodoviária

Na década de 80, veio para a cidade empresas que contribuíram ainda mais para o seu progresso.

Sebastião Severino Sobrinho, eleito pelo povo, assume em 1977 a Prefeitura Municipal. Já com experiência e capacidade, procurou acompanhar o desenvolvimento e revigorar ainda mais o município. Homem aventureiro como tantos que aqui chegaram, homem simples de cara feia e de um coração puro sem fronteiras, destacou-se nesse mandato pela boa administração que fez, deixando grandes obras construídas como: o posto de saúde, o centro comunitário com cobertura metálica, pontes, escolas de ensino primário, escola de 1º grau e tantas outras.

Segundo o livro Minaçu sua história, sua gente… de Maria Doralice Nepomuceno:

Onde esta conhecia seu crescimento populacional e financeiro como nunca antes conhecera, segundo o Dr. Milewski, cerca de 15.000 (quinze mil)  pessoas chegaram à cidade nos anos de 1967 à 1974. Destas, 6.000 (seis mil) ficaram nas minas Cana-brava (atual SAMA) e o restante ia para o povoado de Minaçu. 

Sendo no ano de 1980 as construções do galpão do Rápido 900, envolveu muita mão-de-obra na cidade, pois ainda não havia um prédio de grande porte capaz de atender às necessidades da empresa. Com isso Santa Tereza passa a ser vista como promissora para quem aqui morasse e viesse, pois as expectativas de emprego eram inúmeras sendo que os funcionários da respectiva empresa moravam todos no município e os que não moravam aqui, vinham em seus respectivos caminhões transportar o amianto daqui para o restante do país

Ainda de acordo com o Dr. Milewski em 1984 a SAMA oferecia trabalho para 1.800 (mil e oitocentos) funcionários considerando os familiares esse número indica que 9.000 (nove mil) pessoas estavam ligadas diretamente à empresa. Em 1986, inicia-se o trabalho da construção da Usina Serra da Mesa, a qual absorvia aproximadamente 2 (dois) mil trabalhadores diários. Dentre essas empresas a SAMA irá se destacar na vida de Minaçu, pois a década de 80 foi de expansão para o amianto, exigindo a cada dia uma produção maior. Consta que nesse período 90% da extração dependia da mão-de-obra humana, acarretando assim o crescimento da cidade.

Descarregando o amianto no município de Santa Tereza para ser distribuído para o resto do Brasil, o município recebeu um grande contingente de motoristas. As transportadoras Moto Nove e Rápido 900 vieram aqui se instalar porque Santa Tereza de Goiás era a porta de acesso para as várias regiões do país.

 Esses motoristas influenciavam na economia local, através da grande produção de arroz e milha sendo mais barato comprá-los aqui do que nas metrópoles.

Por sua vez, o setor rodoviário se desenvolve através da conjunção do Plano Rodoviário Federal e do Plano Rodoviário Estadual. O Governo Federal construiu quatro rodovias de Goiás em diferentes sentidos. A principal delas é a Transbrasiliana, que deverá ligar Belém (PA) a Livramento (RS), cortando o estado no sentido Norte-Sul. No plano estadual, desde a criação da Comissão de Estradas de Rodagens, em 1947 o governo tentou elaborar um plano rodoviário. As estradas goianas, que em 1952 tinham 3.845 km de extensão localizam-se, quase todas, na região Sul do estado.

Enquanto se desenrolavam as discussões políticas do início da República, o “Isolamento” do Estado de Goiás, em relação ao restante do Brasil, era evidente mediante a falta de vias de transporte. Esse quadro de isolamento modificado, sobretudo com a República – quando se intensificavam as construções ferroviárias no Brasil, influenciou a chegada dos trilhos a Goiás.

Analisando este crescimento populacional junto aos dados do IBGE encontramos em 1970, Santa Tereza com uma população de 3.514 (três mil, quinhentos e catorze) habitantes, já em 1978 era de 5.049 (cinco mil e quarenta e nove), tendo um crescimento considerável. Junto com esta imigração vamos ter no município, dois tipos de moradores, os filhos da terra e os aventureiros, pois muitos vinham atrás do sonho de construírem nesta cidade uma vida próspera. Este sonho vai ganhar impulso com a instalação de duas grandes transportadoras, sendo que estas empresas já trabalhavam, mas de forma precária a construção das instalações ganhou grande número de mão-de-obra o qual, a município não se dispunha.

Com a chegada desta mão-de-obra no Norte goiano, onde localiza o pólo mineiro há uma modificação substancial no município devido à falta de uma infra-estrutura adequada da rodovia até Minaçu. Sendo assim, a cidade de Santa Tereza passa para o avanço tecnológico e há um crescimento e fortalecimento da cidade.

Fazendo com que o fluxo migratório chegasse a um nível muito alto e ultrapassando os 10.000 (dez mil) habitantes, os funcionários se instalavam aqui e vinham com suas famílias melhorando assim o município. Com o aumento do número de habitantes, os colégios apresentavam suas salas com alto índice de alunos e o comércio aumentava devido o giro de capital ser mais intenso. Num momento de grande desenvolvimento da cidade, era preciso que o governo municipal acompanhasse o ritmo e cooperasse trazendo obras e bem-estar social aos seus moradores. E foi o que fez Manoel Fátima de melo em seu segundo mandato, que iniciou no ano de 1983. Nesta época o país estava passando por uma grande transição política, Tancredo Neves lutava para entrar no poder.

O jornal “União e Luta” de outubro de 1984, relata o seguinte fato:

Goiânia foi palco para a realização do primeiro comício em favor da candidatura de Tancredo Neves para presidente do Brasil.

Escolhido porque o Governo Íris Rezende é considerado o mais popular do país, Goiás, graças ao Governo Íris Rezende, se projetou nacionalmente e o 14 de Setembro de 1984 já faz parte da história da nação, e é um marco que simboliza a transição do autoritarismo para a democracia, que consolidada a união dos brasileiros contra a candidatura de Paulo Maluf, contra o que há de mais atrasado em nossa Pátria.

Após vinte anos de autoritarismo, de sofrimento e lutas, o povo brasileiro já enxerga a possibilidade concreta de virarmos essa página negra da nossa história. A inflação; o desemprego; a falta de apoio à agropecuária; a criminalidade; o amordaçamento dos Poderes Legislativo e Judiciário; o assassinato de trabalhadores rurais e muitos outros são frutos do regime instaurado em 1964. Somente a liberdade mais ampla, a democracia, onde todos os setores da sociedade possam discutir tais problemas, conseguirá apontar caminhos para superação da crise, para a construção de um Brasil desenvolvido.

O período da década de 1980 foi para este município o apogeu. Como o restante do país vivia em contínua mudança, nossa cidade não foi diferente, pois nesses anos tivemos as construções das maiores e as mais importantes obras para a vida dos cidadãos santerezenses.

No ano de 1987 ocorreu a instalação do Centro Telefônico em nosso município, inclusive com Discagem Direta a Distância (DDD).

Esta obra trouxe interesse a toda nossa gente. Agora todo morador podia ligar para qualquer parte do país e contava com o serviço de mensageiro; este anotava o nome de quem ligava e marcava uma outra hora para que retornasse a ligação, neste intervalo de tempo, o mensageiro ia até o endereço e avisava ao morador sobre o telefonema. E para que este serviço tivesse êxito, nossa cidade passou por uma transformação na adequação dos endereços envolvendo nomes de ruas, nº de casas e nomes dos setores.E não se pode deixar de citar ainda que a sede municipal foi beneficiada com um quilômetro de pavimentação asfáltica.


Com a presença de Onofre e o povo em festa, Santa Tereza ganha moderna Estação de Tratamento de Água

Para Manoel Fátima de Melo, prefeito de Santa Tereza de Goiás, a passagem de Ìris Rezende e Onofre Quinan pelo Palácio das Esmeraldas carreou para o seu município um grande volume de obras. Foram quatro anos de progresso, acima de interesses políticos, visando tão-somente o desenvolvimento da região.

“Íris – diz ele – governou, pelo menos no que tange ao nosso município, com o pensamento voltado apenas para o desenvolvimento agilizando, com a sua administração planejada, a prosperidade em todos os recantos do Estado, inclusive em Santa Tereza. Foram quatro anos de benefícios para nossa cidade” acentuou.

No seu discurso, o prefeito Manoel Fátima agradeceu a ação do Governo estadual que sempre procurou sanar os problemas mais prementes do seu município, usando a palavra a seguir – “o Dr. Adoides Ribeiro, enaltecendo a presença da administração Íris/Onofre em vários melhoramentos que beneficiaram Santa Tereza, destacando a gestão dos dois governantes que – nas suas palavras – estiveram presentes, inaugurando obras, não somente em Santa Tereza, mas também na quase totalidade dos municípios goianos”.

A Estação de Água Tratada há muito era esperada por Santa Tereza. Antigamente, as residências na sede do município eram providas de cisternas. Quando estas secavam, a cidade era abastecida de água através de caminhões-pipa.

E na solenidade o prefeito municipal ressaltou orgulhoso o número de votos obtidos. Pois numa população onde há 2.259 (dois mil, duzentos e cinqüenta e nove) eleitores, o candidato Santillo, obteve 1.594 (mil, quinhentos e noventa e quatro) votos contra apenas 655 (seiscentos e cinqüenta e cinco) dados ao candidato opositor. A cidade fez por merecer e procurou obter uma atenção especial do Governo que se instalou. Na oportunidade Manoel Fátima de Melo reivindicou a construção de 100 (cem) casas populares para a população de baixa renda, bem como o incentivo à instalação de pequenas indústrias que aproveitem a nossa produção agropecuária.

O prefeito Manoel Fátima de Melo que ora ocupa o cargo pela segunda vez, teve sua atuação enaltecida pelo presidente do Saneago, Vanderlei de Melo. O deputado federal Luiz Soyer também usou da palavra não medindo elogios “à administração altamente eficiente que ora rege os destinos de Santa Tereza, hoje um município em franca expansão e progresso”.O governador Onofre Quinan finalizou a solenidade em praça pública parabenizando o prefeito pelo seu grande prestígio e desempenho na região e entre os seus munícipes que não hesitaram em elegê-lo pela segunda vez, prova inconstante de sua alta competência como administrador e político.

O sistema de abastecimento

O sistema de abastecimento de água implantado pela Saneago em Santa Tereza de Goiás, tem capacidade para 10 litros por segundo e essa vazão é suficiente, conforme as especificações do projeto da Saneago, para atender a toda a população abastecível, calculada em seis mil pessoas. A Estação de Tratamento do Sistema é do tipo padrão Saneago, de dupla filtração. Um reservatório para 300.000 (trezentos mil) litros, completa o sistema e garantirá o suprimento do abastecimento de água. Estiveram presentes à solenidade o deputado federal Antônio de Jesus, os deputados estaduais Mario Filho e Carlos Rosemberg, prefeitos de municípios vizinhos, vereadores e outras autoridades.

“Jornal Diário da Manhã, março 1987”

Mesmo com o país em transição política Santa Tereza passou por uma metamorfose. Naquele mandato o prefeito tinha o apoio do governo e com isso nossa cidade sofrera transformações que nunca se tinham visto. O governo estadual (Íris Rezende), inicia uma corrida de desenvolvimento para o estado de Goiás e no meio desta corrida o governo municipal inclui Santa Tereza, trazendo para a cidade obras até então imagináveis. Pois a cidade não contava ainda com pavimentação asfáltica e nem calçamentos, as ruas eram de terra e as avenidas sem nenhum embelezamento. E no final de seu preito ele deixa para a população calçadas, avenidas (Bernardo Sayão e Tiradentes), praças arborizadas, fornecimento de água tratada em todas as casas, central telefônica com mensageiro, estádio municipal de futebol, sendo considerado o melhor do médio norte goiano e uma pista de pouso (onde hoje é a Câmara Municipal).

Inauguração estádio Municipal
Vista parcial do Estdio Municipal Santa Tereza

A cidade também sentia as reflexões da expansão de Minaçu, pois a produção de amianto estava em alta e é iniciada então, a construção da usina Serra da Mesa. Com isso, o movimento de aventureiros em nossa cidade cresceu a cada dia, tornando-se necessária a ampliação do comércio local como hotéis e restaurantes aqui existentes.

Estes movimentos trouxeram para nosso município a empresa de ônibus Aviação Araguarina. Com isso novos empregos são criados com melhores remunerações para o nível de nossa cidade e trazendo assim novos moradores, pois os motoristas que faziam a linha Santa Tereza a Minaçu residiam aqui. E isso ocasionou uma intensa procura por casas para se comprar ou alugar.

Confirmando o relato acima a revista Opinião Ano I afirma que:

Manoel Fátima de Melo aceitou o desafio e partiu para cumprir seu ousado plano de trabalho. O seu primeiro passo foi promover o calçamento das principais ruas da cidade, que estavam intransitáveis. Recursos foram alocados e os trabalhos tiveram seu início. Posteriormente urgia conseguir junto ao Governo estadual equipamentos públicos para atender aos anseios mais urgentes do povo local, tais como: o terminal rodoviário, o posto de saúde, melhorias do posto telefônico, e veículos e máquinas para o setor de transportes. Vários deles foram conseguidos e hoje, o visual da cidade está totalmente modificado. Para Manoel Fátima de Melo, prefeito de Santa Tereza de Goiás, administrar um município não é um “bicho de sete cabeças”. Ele enfatiza que o único segredo é conhecer as principais problemáticas que a comunidade enfrenta e, usando os minguados recursos que as unidades interioranas recebem da União do Estado, eleger prioridades. Feito isso, é necessário que os recursos não sejam desviados para interesses próprios. Assim, deverão ser usados em sua totalidade nas obras que foram consideradas de maior importância. Questionando a respeito do seu plano administrativo para os próximos quatros anos, Manoel Fátima de Melo foi taxativo ao afirmar que pretende dotar sua cidade de todos os requisitos necessários para se tornar uma das comunidades de maior projeção de Médio e Extremo Norte Goiano. A respeito da criação do Estado de Tocantins, o que viria deixar seu município em posição privilegiada geograficamente, o Chefe do Executivo de Santa Tereza de Goiás, declarou: “a população de Santa Tereza de Goiás está interessada e acompanha passo-a-passo o desenvolvimento do projeto de criação do novo Estado. Aliás, convém ressaltar que Santa Tereza de Goiás está inserida no contexto da luta em prol da criação do Estado do Tocantins. Dentro desse prisma, o povo ressente-se de todos os fatos que interfiram nesse propósito”, adiantou Manoel Fátima de Melo.“Entretanto, nós estamos engajados na luta pela criação do Estado do Tocantins e acompanharemos todos os lances do seu desenvolvimento. É preciso que todas as forças vivas do Norte e Nordeste goiano se incorporem nesse objetivo, principalmente as lideranças políticas, às quais estão imputadas a responsabilidade de dirigir o povo nesse caminho”, afirmou o prefeito.

Para Manoel Fátima de Melo o Estado do Tocantins não era uma luta daquele momento. Era uma batalha que vinha sendo travada há mais de cem anos e que o veto de José Sarney, presidente em exercício, não iria desativar.


Colégio Estadual Drº. Belarmino Cruvinel

Santa Tereza de Goiás estava caminhando em pleno desenvolvimento. Sebastião Severino Sobrinho assumia seu terceiro mandato em 1989 buscando intensificar e ampliar obras de valorização do município como a construção da Colégio Estadual Dr. Belarmino Cruvinel e do ginásio de esportes; calçamento frente às residências e a construção do escritório da Saneago.

O que os moradores de nossa cidade não imaginavam era que essa obra de imensa grandeza traria sérias dificuldades para o nosso município.

O qual já enfrentava um declínio na oferta de empregos, realidade esta também vivenciada por Minaçu, pois o desenvolvimento tecnológico aplicado na linha de produção e empacotamento do amianto da SAMA vai propiciar uma onda de desemprego sentida em grande parte na cidade de Minaçu, devido os funcionários não ter uma qualificação profissional para ocupar outra função no mercado de trabalho.

Com isso as duas empresas que movimentavam a economia local, não precisavam mais desse interposto pra suas mercadorias, pois seus caminhões podiam agora sair do local de extração do minério até as grandes metrópoles do país, com isso sua permanência deixou de ter necessidade, sendo assim desativadas.

Os funcionários que aceitaram ir para a sede foram remanejados, os que não aceitaram essa proposta foram demitidos, provocando na cidade uma onda de desemprego e desestabilidade da economia local, provocando também uma queda no índice populacional (1989 – 7.589 (sete mil, quinhentos e oitenta e nove) hab. e em 1992 – 5.110 (cinco mil, cento e dez) hab. Fonte: IBGE).

A partir desse momento nossa comunidade começa sentir um declínio mais elevado, pois o processo migratório passa a ter um papel inverso nesta sociedade. Em 2003, já contávamos com uma população de 4.697 (quatro mil, seiscentos e noventa e sete) hab. (Fonte: IBGE), sendo assim esses quatro anos marcaram o início do declínio populacional de Santa Tereza de Goiás.


O Prefeito Polivalente Drº. Ubiratan José Mendonça

Com o município em processo de declínio populacional e financeiro assume o Poder Executivo Dr. Ubiratan José Mendonça em 1993, que era médico da cidade e foi eleito após a segunda candidatura.

Em cumprimento a mais uma de suas promessas de campanha visando o resgate dos valores culturais de seu município, o Prefeito Municipal, juntamente com seu Secretário Municipal Paulo Vieira da Costa, entre inúmeras atividades culturais que foram realizadas por eles na administração, promoveu por intermédio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de sua cidade, um grandioso Concurso Público com o objetivo de escolher o HINO OFICIAL do município de Santa Tereza de Goiás.

Foram realizadas várias inscrições e após o término do tempo hábil para a realização das mesmas o concurso passou para a fase de avaliação. Formou-se uma Comissão Julgadora com o objetivo de avaliar os trabalhos e escolher o vencedor do concurso. Participaram da Comissão Julgadora: Dr. Tarciso Liberte Romão Borges, médico e escritor, e as professoras Maria de Oliveira, Josefa Jorge da Silva, Hilda Terezinha Ferreira Meireles e Rosilda Agustinho Pereira da Silva, todas graduadas em Letras.

Depois das devidas avaliações sagrou-se vencedor do concurso o Sr. Ely Borges de Souza, que participou com o trabalho abaixo:

HINO MUNICIPAL

Um belo dia o sol raiou no horizonte

E os teus raios iluminaram a imensidão

Santa Tereza nascia e trazia uma nova geração

Trabalhando e lutando com bravura

Construindo o progresso da nação

Linda cidade és formosa como a própria mocidade

E em teus sonhos de grandeza tão ímpar

Podes tu os teus filhos abrigar.

Refrão:

Santa Tereza teu passado nos inspira confiança,

Pois aos teus filhos ensinastes a cultivar a esperança,

Por longos anos tens lutado e vencestes com bravura sem igual.

Reunindo os teus filhos com carinho,

Trabalhando por um mesmo ideal.

Tuas riquezas preservastes sabiamente ao explorar,

E expõe com orgulho incontido,

Para os homens contemplar e desfrutar.

Oh! Terra amada, teu futuro ao presente resplandece,

Por isto hoje os teus filhos contemplando te enaltece,

Serás pra sempre a mais bela e adorada entre outras mil.

Meu torrão e meu berço muito amado,

Meu cantinho abençoado do Brasil.

Sei que outras há e muitas outras haverá,

Mas insisto em dizer,

És a cidade que está no meu coração.

Oh! Mãe amada quantos órfãos em teus seios acolhestes,

E sei que todos adotados se orgulham ser um destes,

Contribuindo com trabalho e entusiasmo sem igual,

Partilhando de teus sonhos com teus filhos,

Nas batalhas foram grandes generais.

Outras batalhas sei que ainda à nossa frente vamos ter

Mas a vitória nós já temos garantida,

Se trabalharmos pra teu nome engrandecer.

Autor: Ely Borges de Souza

O prefeito polivalente de Santa Tereza de Goiás,

Ubiratan José Mendonça, administrou a cidade seguindo seu lema “Aqui se trabalha”, e apesar do pouco espaço de tempo desde sua posse já se sentiu orgulhoso em poder comunicar as ações já executadas ou em execução em sua gestão:

  • conclusão da Câmara Municipal, com instalações modernas, em total de 149 m2 de área construída, no setor Aeroporto;
  • inauguração do matadouro público, com curral de 200 m2, que evitou o consumo de carne bovina clandestina e problemas de saúde com a constante inspeção dos órgãos da saúde;
  • construção de garagem com 340 m2, o Departamento Municipal de Estradas de Rodagem (DEMER), no setor Aeroporto;
  • criação pela Secretaria de administração e Finanças, junto à Secretaria de Educação, do Plano de cargos e Salários dos professores municipais, além da revisão do Estatuto da Secretaria;
  • realização do concurso para edição do livro de contos feitos pela população;
  • construção e pavimentação do Trevo Sul.

Manoel Fátima de Melo assume novamente a Prefeitura

Manoel Fatima de Melo-(PSDB), Prefeito Municipal e Manoel Pires do Carmo, Vice-Prefeito, eleitos em 03 de outubro de 1996, com 1.612 votos, para o mandato de 1997 a 2000.

Na administração 97 à 2000 Manoel Fátima de Melo assume pela terceira vez o cargo de Prefeito Municipal, onde encontra um cenário diferente das outras vezes em que ocupou o executivo.

Realidade esta que o Sr. Manoel Fátima de Melo não tinha vivido até então. Com a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, onde uma administração não pode deixar dívidas para outra, obrigou os prefeitos a procurarem recursos fora do FPM. Nesse novo cenário as prefeituras das pequenas cidades como Santa Tereza de Goiás ficaram dependentes de recursos doados pelo Governo Estadual e pela União.

Segundo a Revista do FUNDEF de junho de 2002:

Os Estados e Municípios, segundo a Constituição Federal, devem destinar o mínimo de 60% de recursos do FUNDEF para remuneração do Magistério. Ao mesmo tempo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar nº 101/2000) estabelece o teto de 54% da receita líquida do Estado ou do Município para gastos com pessoal.

Devido a essas obrigações, muitos governos municipais e estaduais dizem ser impossível seguir essas leis, principalmente a que se refere ao FUNDEF.

Como se trata de uma determinação constitucional, a obrigação dos Estados e Municípios de destinarem o mínimo de 60% do FUNDEF para remuneração do Magistério está fora do alcance de outra lei com regra distinta. O ajuste necessário para o cumprimento do limite estabelecido pela LRF pode perfeitamente, ser realizado no pagamento de pessoal de outras áreas governamentais, priorizando o pagamento do Magistério.

Após a implantação dessa nova Lei de Responsabilidade Fiscal os concursos públicos para ingressar no Magistério público tornou-se obrigatório, de 4 em 4 anos no caso de não haver candidatos aprovados em concursos anteriores.

No caso dos professores de Educação Infantil e para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, até 2007, é exigido Ensino Médio completo, na modalidade Normal. Professores das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio devem ter Ensino Superior em curso de licenciatura de graduação plena, com habilitações específicas em área própria. Os novos Planos de Carreira e Remuneração do Magistério não devem incluir benefícios que impliquem afastamento da escola, como faltas abonadas, justificativas ou licenças não previstas na Constituição Federal. Além disso, a prática de ceder professores para outras funções fora do sistema de ensino só será admitida sem ônus para o sistema de origem do professor.

No âmbito educacional, a criação do FUNDEF, exige o Plano de Cargos e salário do Magistério, a Escola do Município de Santa Tereza passa a atender a segunda fase do Ensino Fundamental.

A administração municipal passa a receber menos recursos do Governo Federal. E ainda passa a arcar com as despesas que, teoricamente, deveriam ser pagas pelo Executivo Federal.

Segundo A raiz do desastre social a política econômica de FHC:

O governo FHC, desde o primeiro dia de seu mandato, reduziu as receitas de estados e municípios e os obrigou a destinar uma parcela importante do que sobrou à amortização de suas dívidas. Não resta dúvida que o resultado foi não só um aumento do déficit de estados e municípios, mas uma deterioração dos serviços sociais – de saúde, educação, assistência social e outros – prestados por estados e municípios.

Portanto, foi um mandato em que o Sr. Manoel Fátima de Melo procurou estabelecer-se e comprovar sua competência em prol da cidade e do bem-estar social.


Paulo Vieira da Costa se Elege

Ao entrar o século XXI, com a alta da globalização, tudo se inovando, a cidade também precisava acompanhar o desenvolvimento.

Em 2001, assume o Poder Executivo Paulo Vieira da Costa e por ser filho da cidade, este sabe do esforço de todos os prefeitos anteriores para construir e formar o município, sendo assim, a responsabilidade e a honestidade era necessariamente o ponto auge de seu mandato.

Segundo o jornal Tribuna do Vale de janeiro de 2001 pág.13:“O prestígio e o respeito que Paulo Vieira da Costa acabou conquistando até mesmo do governo do Estado foi motivo de festa entre seus correligionários no dia da posse. O prefeito e vereadores eleitos foram empossados durante cerimônia no Centro Comunitário da cidade. A solenidade foi presidido pelo vereador mais antigo da cidade, Custódio Pires do Carmo. Paulo Vieira recebe as chaves da Prefeitura na sede do Executivo municipal e no mesmo dia, ele anunciou o nome de todo o seu secretariado. O vice-prefeito, Manoel Pires do Carmo, o Manelão, que já era vice, foi nomeado à Secretaria Municipal de Agricultura”.

O prefeito eleito já tinha muita experiência como político, e foi também o primeiro presidente do PMDB jovem de Santa Tereza em 1988, e neste mesmo ano foi eleito vereador. Portanto, apesar da falta de emprego, ausência de empresas e do elevado número de pessoas que deixaram de residir na cidade, continua a busca por melhorias.

Segundo o jornal O Estado janeiro de 2001 pág. 8:

“A cidade de Santa Tereza de Goiás, no norte do Estado, já mostra efeito de desenvolvimento nestes primeiros dias da nova administração, começando pela boa aparência através da limpeza que vem sendo feita. Os administradores estão trabalhando diuturnamente em busca de melhorias para o município. Além de amenizar o lado social através das Lavouras Comunitárias, que irão beneficiar mais de 300 (trezentas) famílias carentes. A atual administração está lutando com muita garra, em busca de novas conquistas. Para os governantes do município, Santa Tereza tem tudo para se tornar uma das cidades mais promissoras do norte goiano, pois é estrategicamente a melhor da região, para isso basta o poder público local se empenhar fazendo uma administração séria e transparente”.

Durante sua administração vários passos foram tomados como a luta para trazer benefícios. E assim em 2004 lançou novamente a sua candidatura sendo eleito mais uma vez, para assim, continuar o seu trabalho.

Um grande feito para a comunidade foi a aquisição do hospital particular tornando-se municipal, entregado à população totalmente reformado.

Um dos primeiros e acertados passos da Administração de Paulo Vieira foi a aquisição do prédio do antigo Hospital, que está sendo todo reconstruído para maior dignidade do povo de Santa Tereza.

Enquanto constrói as dependências do Hospital Municipal, a atual administração, mantém um médico ao atendimento semanal, no Posto de Saúde local. No Hospital de Santa Tereza foram construídas: sala de cirurgia, enfermarias, recepção, consultórios médicos, lavanderia, sala de parto. E serão ainda concluídos, sala de raios-X, laboratório, cantina e apartamento para os médicos”.

Muitos políticos contribuem para com o nosso município, um exemplo claro é a ajuda de deputados nas obras locais.

Segundo o jornal Olho Vivo de fevereiro de 2003:

“O Deputado Federal, Luiz Bitencourt, representante do Município, também conseguiu 11 (onze) casas dentro do Programa Morar Melhor, com a contrapartida da Prefeitura de Santa Tereza. As casas contêm sala, cozinha, quarto, banheiro e estão sendo construídas no Setor Aeroporto. A sede da Prefeitura Municipal também foi reformada para dar maior conforto aos cidadãos e beleza à cidade, já que se tornou um dos Cartões Postais do Município”.

Com tudo isso, o prefeito vai seguindo seu trabalho, reformando os maquinários e prédios públicos e beneficiando os alunos da zona rural, com transportes adequados para a sua locomoção.

Um grande destaque em seu mandato tem sido a festa de Peão, onde a cidade comemora seu aniversário de emancipação política. Pessoas de várias cidades participam da festa e trazem alegria, proporcionando assim momentos agradáveis e de diversão, uma forma de entretenimento e lazer para a população local.

construção de 11 (onze) casas populares no Setor Aeroporto;

Atualmente com cinco anos de administração, e como todos os outros que já ocuparam esse cargo, Paulo Vieira enfrenta muitas dificuldades e momentos conturbados. Mas é necessário mostrar as obras feitas nesse período: um caminhão de lixo; construção de 2 (dois) mil metros de asfalto; construção de estacionamento e paisagismo do cemitério; 233 (duzentos e trinta e três) banheiros comunitários; reforma do Centro Social Urbano; aquisição do prédio para o funcionamento do Conselho Tutelar; reforma da D 20reformas ejardinagens; iluminação das avenidas Bernardo Sayão e Tiradentes;  aquisição de 1 (uma) ambulância; aquisição do carro do Poder Executivo; aviatura da Polícia Militar; pavimentação do pátio do destacamento da Polícia Militar; implantação e reforma do Centro de Formação Profissional da Assistência Social; aquisição de 1 (um) tanque para o caminhão pipa; reforma do Estádio e Escola Municipal; reforma e paisagismo da Creche Nossa Senhora de Fátima; construção de 12 (doze) casas populares na Campinas Verde; reforma da Sede da Prefeitura Municipal; criação do Laboratório de Informática na Escola Municipal; aquisição da Sede da Agência Rural e Agrodefesa; aquisição da Sede para o funcionamento do Banco do Povo; compra e reforma do Hospital Municipal; implantação da festa de Peão em comemoração ao aniversário da cidade; aquisição de 69 (sessenta e nove) equipamentos hospitalares e aquisição de um micro-ônibus para o transporte escolar.

Santa Tereza de Goiás atualmente passa por grandes dificuldades. O repasse para os municípios diminuiu e agravou ainda mais a situação. A política nacional está afetada e ao mesmo tempo fazendo com que o país desmorone em todas as áreas, pois a desonestidade e fraudes são imensas por parte de alguns políticos e a cada momento o Brasil fica informado de novas corrupções.

Mas o município não pode parar e por isso com o avanço tecnológico, este precisa ser ativado principalmente nas áreas públicas. E vemos que os órgãos municipais estão sendo informatizados através das escolas municipais que oferecem às crianças cursos gratuitos de computação. Isso é importante, pois o futuro exige mudanças e competências que precisamos acompanhar.

Em pauta podemos ver que problemas não deixam de acontecer.Um deles é o altíssimo percentual de pessoas, principalmente entre os jovens, que deixam a cidade em busca de melhorias, devido à falta de emprego. Com essa migração, há a evasão também nos colégios. Se comparado o índice de alunos na década de 80 e 90 com o de hoje percebe-se uma notável diferença; salas vazias e professores com carga mínima de aulas, acarretando assim, na mudança de várias pessoas para outras cidades que apresentam mais oportunidades.

Outra realidade são os acampamentos existentes há alguns anos no município que fizeram com que muitas famílias lutassem por um pedaço de terra, este movimento não tem ligação com o MST e a organizadora que o implantou é a Srª. Maria Moreira. Segundo ela já foram assentadas 28 (vinte e oito) famílias em terras de outro município e existem ainda, 40 famílias acampadas à espera da liberação dos terrenos por parte do INCRA. Com a saída dessas famílias, diminui ainda mais o giro de capital no município e ao mesmo tempo leva a uma problematização, visando analisar os lados benéfico e prejudicial.

Contudo, há também os benefícios dos Governos Estadual e Federal: os programas do bolsa-família, o PETI e a renda cidadã onde participam mais de 100 (cem) famílias. Analisando por esse lado vê-se que a maioria da população possui um baixo poder aquisitivo, pois é através de pesquisas que esses programas cadastram as pessoas. Buscando para esse lado o número de habitantes, atualmente com o número de beneficiados, nota-se que são muitos os cidadãos que necessitam de alguma ajuda. E esses benefícios sociais são atrativos também aos comerciantes, que se beneficiam de forma direta de tais programas.

O município também é bem valorizado em termos de extensão territorial e isso deveria trazer desenvolvimento econômico, mas acontece o contrário; são mais de 146 (cento e quarenta e seis) fazendas cadastradas na Agrodefesa, e a maioria são de proprietários que não residem na cidade. Estes moram nas capitais e investem dinheiro em outras localidades, fazendo com que o movimento do comércio não tenha o retorno que deveria ter. Se todos os latifundiários investissem seu capital no município, teríamos novos comércios e mais empregos para os jovens.

Apesar de tantas controvérsias ainda há a paz, o povo é hospitaleiro e vive em busca de uma vida melhor. Com poucos habitantes, a cidade de Santa Tereza apresenta um futuro promissor, pois seus moradores lutam em parceria para o seu pleno desenvolvimento. O maior destaque da cidade além dos lazeres disponíveis são as águas que banham todo o município e contribui para o turismo local.

Falta incentivo e estudos para se planejar o melhor caminho a ser seguido rumo ao futuro, impedindo a fuga populacional de nossa cidade e criando novas fontes de renda para que o comércio deixe de depender do salário municipal, dos benefícios sociais e dos aposentados.

Santa Tereza de Goiás

Fundação: 1958
Aniversário: 13 de novembro
Gentílico: santerezino
População: 3.293 habitantes
Área: 789,544 km²